São João é a festa popular mais celebrada pelos brasileiros depois do Carnaval, com forte impacto nas economias locais, o fortalecimento do mercado local e a geração de renda e milhares de empregos temporários. São comemorações ligadas à igreja católica, como Santo Antônio, São João e São Pedro, que ocorrem de Norte a Sul do Brasil. Quando bem organizadas, com estrutura, segurança e divulgação, essas festas transformam os Entes locais, fortalecem a cultura popular e colocam o turismo no centro do desenvolvimento.
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As festas juninas, presentes no calendário cultural do país, têm se mostrado também um forte motor para a economia de diversos municípios turísticos. O ciclo junino movimenta hotéis, restaurantes, o comércio informal, empresas de eventos e centenas de artistas locais, gerando empregos e impulsionando a arrecadação municipal.
No Nordeste, o impacto é expressivo. Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), por exemplo, se transformam em verdadeiros pólos turísticos durante o mês de junho. Em Campina Grande, o "Maior São João do Mundo" atraiu mais de 2,93 milhões de visitantes em 2024, segundo dados da prefeitura. Os festejos movimentam toda a cadeia produtiva local — da hotelaria aos ambulantes. Já em Caruaru, estima-se que o evento gere cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos em 2025, além de colocar o Município em destaque nacional.
Em 2025, o São João de Maracanaú (CE) completa 20 anos como um dos maiores eventos juninos do Ceará. A festa, que vai de 6 a 29 de junho, gerou 4.500 empregos diretos e indiretos e beneficiou 1.500 empreendedores, entre ambulantes e barraqueiros selecionados por edital. Com shows, quadrilhas e atividades culturais, o evento movimenta setores como alimentação, moda e estética. O tema deste ano, "No Ceará é Assim", homenageia os festejos tradicionais do Nordeste e valoriza os atrativos turísticos do estado. No dia 13 de junho o público bateu recorde com 150 mil pessoas.
No Norte, Municípios como Parintins (AM) e Boa Vista (RR) mostram que o São João também tem força na Amazônia. O tradicional Festival Folclórico de Parintins, com o embate dos bois Garantido e Caprichoso, é um espetáculo que atrai turistas do Brasil e do exterior, movimentando a economia local e promovendo a cultura regional. Em Boa Vista, o Arraial do Anauá e o Boa Vista Junina também lotam a cidade e fortalecem o turismo cultural.
Já no Centro-Oeste, Municípios como Corumbá (MS), com o Arraial do Banho de São João, e Tangará da Serra (MT), com o Arraiá da Serra, aproveitam as festas para estimular o turismo regional e valorizar tradições locais. Esses eventos são também uma chance para pequenos produtores, artesãos e grupos culturais conquistarem visibilidade e renda.
No Sudeste, Municípios de Minas Gerais, como Belo Horizonte, com o tradicional Arraial de BH, e Poços de Caldas promovem festas que resgatam as raízes culturais, impulsionam o setor de eventos e atraem turistas em busca de experiências autênticas. O Sul do país também entra no clima. Santa Cruz do Sul (RS) e São João do Itaperiú (SC) realizam festas que unem o espírito junino ao charme do inverno sulista, movimentando o turismo interno e valorizando as tradições locais.
As festas são peculiares em cada destino, mas a característica em comum é que todas são ricas culturalmente, o que pode despertar a atenção de turistas que buscam o que há de mais representativo do turismo, cultura e gastronomia relacionada aos festejos juninos.
São boas práticas que tornam o Município competitivo, fortalece a cadeia produtiva e possibilita o aumento do período de permanência do turista no destino.
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