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O quinto dia no mais recente conflito entre Israel e Irão foi marcado por uma retórica exacerbada dos Estados Unidos, com Donald Trump a declarar que conhece o paradeiro do líder supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, e a exigir uma "rendição incondicional". O apoio de Washington é ecoado por alguns aliados, com declarações favoráveis à campanha israelita – com Berlim a saudar o "trabalho sujo" feito por Telavive.
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O presidente dos EUA, que abandonou a cimeira do G7 no Canadá, afirmou durante o regresso que não queria um cessar-fogo, porém algo "melhor": "um fim, um verdadeiro fim". Isto significaria uma "desistência total" por Teerão, acrescentou.
"Temos agora completo e total controlo dos céus do Irão", alegou Trump, posteriormente, nas redes sociais. O republicano salientou que sabe onde Khamenei está, mas que não matará este "alvo fácil" – "pelo menos por agora". "Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. A nossa paciência está a esgotar-se", alertou o chefe de Estado, que quer uma "rendição incondicional". Mesmo sendo apenas palavras, por enquanto, Washington tem posicionado meios militares na região.
Um dia após Benjamin Netanyahu dizer que a morte do líder supremo encerraria o conflito, o ministro da Defesa hebraico avisou que o destino do ayatollah será similar ao do presidente do Iraque, Saddam Hussein, deposto e executado.
Ele deveria lembrar-se do que aconteceu ao ditador do país vizinho do Irão, que tomou o mesmo caminho contra Israel, ameaçou Israel Katz.
Berlim celebrou a escalada contra Teerão. "Este é o trabalho sujo que Israel está a fazer por todos nós", admitiu o chanceler Friedrich Merz à estação ZDF. "Também nós somos vítimas deste regime", argumentou. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, defendeu que não há sinais de que Trump se vai envolver.
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Mais cauteloso, o presidente francês, Emmanuel Macron, frisou que qualquer tentativa de mudança de regime resultaria em "caos" e pediu o regresso da diplomacia. Apesar disso, os países do G7, grupo que inclui a França, assinaram um texto em que destacam que o Irão "nunca poderá ter uma arma nuclear" e que Israel "tem o direito de autodefesa" – declaração classificada como "unilateral" pela diplomacia de Teerão, que, citando a Carta da ONU, acusou Telavive de ser a "verdadeira fonte da escalada".
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